Após acusações e ataques por parte da presidente da Câmara de Palmas, vereadora Janad Valcari (Podemos), a prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro (PSDB) teria se tornado alvo de um possível processo de impeachment, que seria motivado por compras superfaturadas de insumos e medicamentos durante o enfrentamento à pandemia causada pelo novo coronavírus.
Nesta segunda-feira (12), a Executiva Nacional do PSDB, saiu em defesa da prefeita e condenou as manobras da oposição e classificou o movimento como uma ‘conspiração sórdida e nebulosa’.
“Cinthia Ribeiro, única prefeita mulher de capital no Brasil, está na mira de nebulosas e sórdidas conspirações em Palmas. Movimentos não republicanos se articulam para ameaçar seu mandato, conquistado de maneira contundente nas eleições de 2020, por meio de sua reeleição”, declarou a executiva nacional tucana.
O partido disse que está acompanhado a situação e prestou total apoio a gestão da prefeita.
“Cinthia conta com completo apoio, solidariedade e vigilância nacional do partido. Todos, se necessário, agiremos unidos e com vigor para defender nossa prefeita – exemplo de boa administradora pública, aprovada pela população e, particularmente, zelosa no combate à pandemia”, diz outro trecho na nota.
O partido finalizou lembrando que o momento deveria ser de combate a pandemia e não de tramar contra a gestão.
“Todos os municípios do país sofrem com a covid neste momento. Combatê-la deveria ser prioridade, e não tramar nas sombras contra uma mulher recém-eleita, com grande potencial eleitoral, dimensão nacional, e admiráveis serviços prestados à cidade”, finaliza.
A Trama
Segundo apurado pelo portal Notícia do Tocantins, ao menos 10 parlamentares da capital estariam articulando o afastamento da prefeita por estarem insatisfeitos com a divisão de cargos dentro da administração.
Os parlamentares chegaram a se reunir no início da semana passada para acertar os ponteiros com o objetivo de aprovar a instauração de um processo de impeachment que afastaria temporariamente a prefeita por três meses.
Quem colocou ‘panos quentes’ na situação fora o próprio governador Mauro Carlesse. Em reunião com a prefeita, o governador teria atuado com um pacificador da situação em prol da governabilidade. Essa aproximação começou há cerca de duas semanas após a primeira reunião entre o chefe do Executivo e a prefeita para definir as próximas ações a serem adotadas para o enfrentamento da pandemia na capital.
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Essa semana será crucial para saber se as manobras jurídicas arquitetadas pela oposição vão ou não dar resultado. O movimento dos 10, chegou a perder força devido as declarações do líder do PSB, o ex-prefeito Carlos Amastha que foi as redes afirmar que os vereadores do partido (Júnior Brasão e Lacerda do Gás), não participariam de um ‘golpe’.
Quem também deve ‘pular fora’ desse barco são os vereadores ligados ao Palácio, Pedro Cardoso e Marilon Barbosa, ambos do Democratas.
A sessão ordinária dessa terça-feira (13), poderá ser interpretada como termômetro para saber se a oposição vai continuar no ataque ou se haverá acordo com o paço.